domingo, 3 de março de 2013

“Capítulo 22 Part 1 Será que amar chega?”

Olá meninas :)
Queria editar este capítulo no dia 23 de Fevereiro, dia em que o "nosso" Nico apagou 25 velinhas mas foi impossível por isso peço desculpa e deixo-vos aqui um capítulo bastante extenso...
Espero que gostem e deixem aqui os vossos comentários, ou pelo menos reações.
Beijinhos (T) Rita!

Assim que o vi senti um nervoso miudinho, tinha vergonha como da primeira vez em que falamos, medo de o magoar, medo de o perder, medo de ele entender que não me amava, ou mesmo medo de cancelar o pedido de casamento… Eu sou tão nova, tão “menina”, não tenho um corpo de modelo, tenho confiança em mim mas não tenho tanta confiança. Tenho apenas 18 anos, faço daqui a meses 19, e ele tem 24, faz muito em breve 25, ele tem montes de raparigas bonitas, fantásticas, inteligentes, formidáveis, capas de revistas atrás dele, e eu? Sou uma rapariga como qualquer outra que existe, não digo que sou mais uma, gosto de ser única, mas de uma maneira diferente… Gosto de fazer todos os que amo felizes, gosto de cuidar dos meus amigos, da minha família, dos meus afilhados, do meu noivo, mas quanto a ele não sei, tenho confiança em mim mas não tenho a suficiente. Ele tem os olhos do mundo postos nele e eu? Sou uma escritora que mal editou o seu primeiro livro, que sonha alto mas tem medo de cair, de não realizar o seu sonho e nunca pensei viver um sonho destes com o meu ídolo, com um homem destes. Ele tem milhares de fãs, tem colegas que fazem tudo para os ajudar, tem a família, os amigos, quis-me dar tudo e eu, recusei.
Já pensei que fosse falta de confiança na nossa relação, mas não. Acredito na nossa relação, acredito no nosso amor, acredito em nós, no nosso futuro, mas custa-me acreditar que estivesse a realizar um sonho deste tamanho. Também pensei que fosse falta de confiança nele, talvez fosse. Tinha raparigas lindas, fantásticas, bonitas, maravilhosas, capas de revistas atrás dele e eu, amava-o mas será que isso chegava? Gosto de mim, gosto de muitas diferenças em mim, gosto de ser assim, mas falta-me confiança. No Nico, eu confiava, mas tinha medo que ele entendesse que merecia e arranjava melhor que eu. Ele olhou-me e correu para os meus braços, abraçou-me. Levantei o pé e deixei cair as muletas, senti novamente o cheiro dele, já tinha saudades, lembrava-me dele mas tê-lo assim perto era realmente apaixonante. Senti uma lágrima cair no meu ombro, só podia ser ele, dei-lhe um beijo na bochecha e ele disse:

-Tive tantas saudades tuas mi cieclo. – Sorri. E peguei nas muletas que haviam caído no chão. Segurei-me nelas e fiquei assim, por muito que ele fosse o meu apoio, precisava delas.

-E eu tuas meu bem. – Disse enquanto apanhava as muletas. Uma delas encostei-a á parede e a outra estava na mão direita. Ele pegou-me ao colo e fez com que deixasse cair as muletas. Senti-me nas nuvens, como há muito não me sentia.

-Que se passou contigo meu amor? – Disse enquanto me encostava á parede e me dava as muletas e ficando próximo de mim. Senti uma dor no pé esquerdo mas contive-me, não ia demonstrar a dor em frente ao Nico. Seria forte por ele.

-Cai e aleijei-me. Mas estou bem descansa, o médico disse que preciso apenas de descanso e de não fazer demasiados esforços e claro agora que vivo com a Maria ela não me deixa fazer nada.

-Já não vives com os teus pais? Porque estás a viver com a Maria?

-Porque fiquei de rastos depois de nos chatearmos e vim ter com a Maria, já não vivo com os meus pais.

-Desculpa? Tu chateias-te comigo e foges logo de Lisboa? É assim que queres lutar por nós? Mudando de cidades? Esperava mais de ti.

-Eu não fugi de Lisboa, eu não fujo do amor, não fujo de ti. Porque quem ama luta, nos bons e maus momentos. – Disse chorando.

-E será que amar chega? - Assim que ele disse estas palavras senti o mundo desabar sobre mim. Comecei a chorar mas impediu-o de ver as minhas lágrimas, peguei nas minhas muletas e fugi. Percorri imensos corredores banhada em lágrimas e a fazer esforço no meu pé e na minha mão, talvez demasiado mas eu queria e precisava mesmo de ouvir uma palavra de apoio ou de um ânimo, eu precisava apenas de alguém.
Encontrei por fim a Maria e dei-lhe um abraço, deixei cair as muletas e deixei cair todas as lágrimas ferozmente, ela nada dizia, deixava-me chorar e depois de me acalmar, fomos até ao carro dela. Ela sentou-se no banco do condutor e eu no banco do pendura, limpei as lágrimas e ela disse-me logo:

-Estás a chorar porquê minha tonta? Achas que alguém merece isso?

-Ele merece. A conversa com o Nico não correu nada bem.

-Pois não era difícil de perceber mas agora vais limpar essas lágrimas lindas porque uma gata como tu não merece chorar por um homem daqueles. – Sorri e limpei as lágrimas. – Agora vamos mas é para casa, tomares um grande banho e dormires. E se volto a ver uma lágrima tua a escorrer na tua bonita cara por causa daquele troglodita eu chego-lhe a roupa ao pelo ouviste? – Sorri.

-Tu és mesmo tosca! Não fazes mal ao meu homem que eu ainda quero ter bebés com ele e muitos!

-Ele já tem problemas sexuais por isso o problema não seria meu mas sim teu.

-Mas agora toda a gente me fala dos problemas sexuais do meu namorado?

-Parece que sim. Mas agora pega-me nessas muletas, limpa-me essas lágrimas e mexe-me esse rabo até ao carro porque vais até casa descansar esse pé que hoje já passou pelo suficiente.

-Ele da minha parte não passava “fome”. – Estava a desencaminhar uma conversa mais “descontrolado” e perverso. – Não sei de onde o mister tirou essa ideia mas de certeza que não pensou nas consequências das palavras. Até a minha mãe me veio com essa história achas normal?

-Tudo já é normal para mim! – Pegou nas muletas que estavam no chão e deu-mas para as mãos. – Agora vamos para casa para dormires sobre o assunto e amanhã explicas-me isso melhor e tomas uma decisão.

Fomos para casa sozinhas, isto porque o James ia ficar no estádio até sabe Deus a que horas e assim que cheguei a casa tomei um banho, vesti-me e ia para deitar-me quando tomei uma decisão que iria mudar a minha vida. Encaminhei-me para um dos sofás da sala, isto porque a Maria estava lá deitada á espera do James. Não dormia isto porque se dormisse acordava com vontade de me bater por isso ainda bem que estava acordada e bem, mas estava deitada no sofá a olhar para o dia de ontem e eu decidi interromper os seus pensamentos e noticiar a minha decisão:

-Maria. – Ela olhou-me. – Amiga já tomei uma decisão. A conversa com o meu homem não correu bem é verdade mas eu estou disposta a tentar mais uma vez, não sou rapariga de desistir por tão pouco. Se ele duvida do que sinto eu provo-lhe, nem que vá até ao sul do país dizer-lho pessoalmente. É isso mesmo que vou fazer! Vou passar os próximos dias a Lisboa e depois vou ver o jogo a Olhão, e lá surpreendo-o. Que achas?

-Que estava quase a dormir e fui bombardeada com demasiada informação e ainda estou a digerir tudo.

-Ai amiga não sejas assim mas eu tinha de te dizer senão explodia. E vais viver para onde?

-Nem que durma num hotel ou no carro, tenho uma grande família por alguma razão não é?

-Se tu achas que é o melhor tens o meu apoio! Mas como vais para lá?

-De carro não posso porque primeiro não consigo por causa das amigas. – Apontei para as muletas.  

– E depois porque não tenho o meu carrinho e não te vou cravar. Por isso da mesma maneira que vim também vou.

-De comboio? E para quando?

-Estava á espera que fosses uma querida e ligasses o computador para comprares o bilhete.

-Porque não levantas tu o rabiosque do sofá e vais buscar tu o teu computador?

-Ai que dor! – Fingi sentir uma dor para não me levantar do sofá. Não tinha dores mas fingi sentir só para não me levantar do sofá. – Oh Maria não posso levantar-me que o médico recomendou-me descanso absoluto e quando tiver dores para parar quieta e eu sigo á risca as normas do doutor.

-Se assim fosse não terias ido ao estádio e não tinhas falado com ele e fica sabendo que hoje desceu na minha consideração! – Disse revoltada.

-Porquê? – Não queria que ela não gostasse do homem de quem estava noiva.

-Primeiro porque marcou o golo do empate depois porque fez o que te fez. Para além disso indiretamente é o culpado de andares assim.

-Ele não tem culpa é profissional mas olha o meu menino é lindo!

-Sabes o que acho em relação a isso. – Sabia perfeitamente mas decidi brincar com ela.

-Sim Mariazinha. Ainda tenho que ligar o computador e ligar á avozinha e á Qeu.

-Vais para casa da tua avó?

-Sim. E como a Qeu está lá a viver melhor.

-A tua prima já não está a viver com a mãe porquê?

-Não te disse? – Acenou negativamente com a cabeça. – Ela está grávida.

-Grávida? Mas ela tem que idade? Está de quanto tempo e de quem?
Acabei por lhe contar tudo. Ela ficou surpresa, apesar de elas não simpatizarem muito uma com outra a Maria acabou por ouvir a história toda e disponibilizar-se para a ajudar no que fosse possível.
Depois compramos os bilhetes pela internet e fui-me deitar, estava cansada do dia de hoje mas a minha cabeça, essa não queria descansar, não se esquecia das palavras que tinha ouvido: “Será que amar chega?”. Será que eu merecia sofrer assim? Perdida nestes pensamentos acabei por adormecer apenas com uma certeza, tentaria emendar o que fiz, porque senão o tivesse feito não estaria como estou.


Acordei cedo no dia seguinte, ainda tinha as roupas todas para arrumar, ontem á noite não tive forças suficientes para arrumar tudo, as dores não o permitiam. Tomei banho e vesti-me, pouco depois reparei que a Maria estava na cozinha, como não sabia se tinha acabado de acordar e como a sua “boa-disposição” matinal era de desconfiar preferi acabar de me arranjar e só depois ir ter com ela. Uma grande mesa de pequeno-almoço esperava-me, e pensava que estávamos só as duas mas não, o James estava á mesa, não o iria acordar para me despedir dele porque hoje tem o dia de folga mas pelos vistos ele decidiu surpreender.
Tomamos o pequeno-almoço e depois fomos até á estação de Campanhã, despedi-me deles a correr, porque entre brincadeira atrasamo-nos e por pouco não perdi o comboio.
A viagem correu bem e pelo caminho ainda tive que ligar para casa da minha avó, assim conseguia falar com as mulheres com quem iria viver, fora com o pequeno que embora seja minúsculo e ainda não se saiba o sexo já faz babar a “tia”, porque ela é como uma irmã para mim. Falei com elas mas pedi segredo em relação a ficar lá, nos próximos dias não queria ver os meus progenitores por isso preferi ficar lá em segredo. Até porque já tomei uma decisão, com algum dinheiro que ainda tenho vou alugar uma casa, e com o Nico. Bem não sei, só depois de falarmos é que consigo tomar uma decisão.


Ainda não falei com o Nico, preferi fazê-lo apenas de forma surpreendente. Fui ao jogo em Olhão, a contar para a Taça da Liga. Embora ainda não estivesse livre das “amigas” muletas acabei por ir assistir. As dores não eram tantas, quase que tinham desaparecido mas era aborrecido andar com as muletas, isto porque o médico me deixou tirar o gesso e no curto espaço de tempo em que tive em casa da minha avó tirei o gesso e nunca andei de muletas em frente dela, senão iria dizer aos meus pais.
Assim que vi as equipas a entrar em campo, senti um enorme orgulho, pela primeira vez o meu namorado era capitão de equipa!



A Qeu não veio comigo, optei por vir sozinha, talvez os ares do Sul me fizessem bem. E acabaram por fazer, mas não foram os ares mas sim “as vistas”. Senti um enorme orgulho a ver o Nico como capitão, enquanto namorada, mulher, enquanto fã e acima disso enquanto Benfiquista e no final do jogo senti-me ainda melhor, a vitória naquele campo tão difícil e uma vitória do clube que me batia forte no coração.





E no final do jogo acho que não fui a única a sentir um "calor" estranho naquele estádio.


Foi uma vitória sofrida mas no final o resultado foi justo, uma vitória curta é verdade mas foi suficiente e o orgulho de pela primeira vez ver o meu homem como capitão era gratificante. O resultado final foi 1-2. Golos de Lima e Rodrigo.


Assim que o jogo acabou fui até ao aeroporto, não havia tempo a perder, então apanhei um avião até Lisboa. Tinha que chegar antes dos elementos do Benfica, tinha que chegar antes do Nico que tinha um avião até Madrid de manhã bastante cedo. Eles partiam para a terra. Cheguei de madrugada mas acabei por adormecer num banco pouco confortável do aeroporto, as malas com a minha roupa tinham sido roubadas mas isso não me preocupou, olhei para o relógio e aí sim senti uma preocupação gigante. Estava quase na hora da partida do avião do Nico.
Peguei nas muletas e percorri todas as portas de entrada possíveis e encontrei o Nico, estava a entrar já para a porta quando eu grito:

-Nico, Nico. – Gritei enquanto tentava correr com as muletas. Ele parou e olhou para trás. Abriu os olhos e deu um sorriso, estava surpreendido mas acima de tudo feliz. Não o deixei falar porque queria eu mesma fazê-lo. – Por favor não me abandones, não me deixes aqui sozinha, eu não quero nem consigo ficar sem ti durante o Natal. Não quero mais ficar longe de ti porque basta amar para haver luta, para haver entrega, para haver confiança. Basta eu ter-te para ser feliz! Desculpa por tudo o que te fiz. – Deixei cair as muletas e abracei-o. Beijou-me a testa e fez força para nos juntarmos.

-Desculpa pela minha burrice e idiotice. Eu quero-te só para mim! Vamos esquecer tudo o que aconteceu, e quando digo tudo é tudo. Vamos começar de novo! – Apertei-o. – Eu amo-te minha pequeña! Mi cieclo. – Disse aquelas palavras em espanhol, sabia que me apaixonava ouvi-lo falar em espanhol. – Agora temos que ir que o avião já nos espera.

- Mas vamos onde?

-Tu vais comigo para Madrid e mais tarde para o meu país. Vais passar o Natal comigo e com a minha família.

-Mas nem tenho bilhete. – Ele tirou do bolso dois bilhetes.

-Tens sim. Eu já tinha comprado antes de nos chatearmos mas não tive coragem de te dar. E quando te vi de muletas não sei, senti uma dor em mim. Pensei logo que ficavas melhor aqui do que num país que não conheces com pessoas que não conheces. Vens comigo amor?

O que irá responder Rita? Será que vai aceitar?
Será que vão pôr os problemas de lado e pôr o amor em cima de tudo?




5 comentários:

  1. Awhhhhhhh *-* *-* *-* Adorei! Custou mas la conseguiram! Agora vem um redondo SIM da Rita e la vao eles aproveitar a fofa epoca natalicia :D
    Amei!!! E ja quero o proximo! ;)

    Beso
    Ana Santos

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  2. Estou a ver que queres que eu morra só pode!
    Um pessoa faz uma pausa no estudo para poder o capitulo e depois já não se consegue voltar a concentrar.
    Vá quero o próximo, menina Rita!

    Bjs Tânia Matos

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  3. Perfeito, ainda bem que estes dois fizeram as pazes. Agora só falta a Rita estar grávida. :P quero o próximo rapidinho. Bjs

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  4. Hola mi reína!

    Detestei aquela discussão dos dois no ínicio do capítulo, mas espero que agora se resolva de vez com esta viagem dos dois até Madrid. A Rita tem de aceitar ir com ele, eles amam-se, fazem um belo casal e seria estúpido que continuassem chateados só por a Rita dizer que estava grávida quando na verdade não estava. Mas todos nós cometemos erros e ela apenas fez aquilo para aquela fã parva se ir embora, que a gaja era mais irritante que sei lá o quê!

    Só espero é que corra tudo bem, e que este casalinho lindo se volte a juntar, eles merecem ser felizes!

    Quero o próximo rápido, que os piolhos já desesperam, Rita Maria! E como madrinha tens de os mimar e nada melhor que um capítulo!

    Besos
    Beatriz

    Ps: Cada vez mais esta fic é asolutamente viciante, acho que já não vivo sem ela, por isso é bom que continues este excelente trabalho e nos presentéis com mais capítulos maravilhosos!

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  5. Olá Ritinha linda ;)
    Simplesmente, sabes que amo esta esta fic, não sabes?! Pronto era só isso :)
    "I will try to fix you", musica mais que linda dos coldplay <3
    Venha de lá o natal e muita felicidade, sim? ;)
    Beijinhos
    Didi Martinss

    PS: o Nico está cada vez mais guapo! ahahah

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