sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Capítulos 11&12: "Apresentações Part 2 & Apresentações Part 3"



Depois de dar as indicações suficientes ao Nico chegamos ao local onde o meu irmão treina, não era um estádio nem um grande clube, era um clube que fazia o meu irmão crescer como jogador e como pessoa e isso era o mais importante, para além disso a Escola Geração Benfica estava presente no clube. Não foi difícil arranjar um lugar para estacionar, existia imensos lugares nas redondezas mas para estacionar um carro como aqueles era preferível ser um sítio mais calmo, mais escondido, assim que estacionamos o Nico saiu do carro a correr e abriu-me a porta e eu agradeci-lhe e depois dei-lhe um beijo no rosto, ele olhou-me querendo demonstrar que queria algo mais do que aquele beijo e eu acabei por lhe fazer a vontade e encostei-o á porta da parte do carro e dei-lhe um beijo bem ousado, bem sentido, só porque não sabia quando o podia voltar a dar. Eu ia estar com a minha família e não queria ousar dando-lhe um beijo nos lábios mas sem dúvida alguma que teria mais algumas trocas de carinhos, como um abraço, darmos as mãos… Agarrou-me no fundo das costas e puxou-me contra ele, e eu agarrei-o no peito, eu amava-o e ele também me amava, talvez estivéssemos a ir depressa demais mas eu não queria saber, eu queria-o só para mim, queria viver aquele amor, queria sentir-me segura, queria sentir-me feliz e ele dava-me tudo o que eu precisava de sentir. Assim que separamos os nossos lábios, ele sorriu e eu senti um arrepio no corpo, não pelo seu toque porque esse ainda me fazia corar mas sim porque senti uma corrente de ar, ele separou as nossas mãos que estavam juntas enquanto ele fechava a porta e foi até ao porta-bagagens e tirou um casaco de malha lindo e deu-me, apesar de nos conhecermos á pouco tempo ele já sabia algumas coisas sobre mim, como por exemplo que sou friorenta, eu beijei-o e sussurrei-lhe ao ouvido:
-Muito obrigada Osvaldo!- ele corou e sorriu. Depois respondeu:
-Oh amor não me chames pelo primeiro nome, faz-me sentir mais velho e ainda só tenho 24 anos! – Sorri e respondi:
-Eu também tenho um primeiro nome que não uso mas não te vou dizer: é segredo! – Sorri e coloquei o meu dedo em cima dos lábios, demonstrando que era segredo.
-Diz lá o teu primeiro nome pequenina. Já sabes o meu.
-Na na ni na não. Vais ter de descobrir sozinho príncipe. – Ele fez ar de amuado e eu não resisti e dei-lhe um beijo rápido nos lábios e acrescentei. – Sabes que te amo meu bem.
-Por acaso não sabia mas gosto que me digas! – Ele estava encostado ao carro e eu estava colada a ele a olharmo-nos olhos nos olhos.
-Ando a mimar-te demasiado minha essência. E tu amas-me?
-Amo-te como amo o ar que respiro! – Sorrimos cumplicemente e depois sai de junto do carro e vesti o casaco que ele me tinha emprestado, era grande para mim como é óbvio mas eu desde sempre que adoro usar roupa de homem, que me fique grande, fazia sentir-me segura e acabo por vesti-lo, ficando mais comprido que o meu próprio vestido. A sorte do casaco é que era preto e ficava bem com o vestido. Mas assim que me viro dou de costas com aquele local, aquele local que eu não gostava… Quer dizer não era bem gostar, simplesmente já passei um dos momentos mais infelizes mas também momentos muito felizes, o Nico estava de mãos dadas comigo e eu abri a boca pasmada, parece que caiu algo muito pesado sobre mim e aperto a mão do Nicolás, ele abraça-me, fez-me sentir ainda mais nas nuvens, eu precisava de um ombro amigo ou do apoio e segurança do meu namorado e ele mesmo sem dizer nada sentiu e deu-me. Aconcheguei-me e ficamos assim durante segundos e ele falou:
-Príncipe obrigada por seres o homem que preciso!- continuei aconchegada nos seus braços, ele respirou fundo e deu-me ainda mais calma, e mais segurança. Ficamos assim durante algum tempo mas depois ele pergunta:
-Amor queres explicar porque ficaste neste estado depois de veres este lugar?
-Acho que não vais querer saber o porquê.
-Só contas se quiseres, não te vou obrigar. Mas acho que se desabafares te sentirás melhor.
-Tens razão mas tenho medo de não me quereres ouvir ou de preferires que não fale sobre o assunto. – Ele separou-nos e deu-me um beijo no rosto, sentou-se á beira do passeio e eu sentei-me ao lado dele, estiquei as minhas pernas e queria encostar a minha cabeça ao seu ombro mas não resisti a olhar-lhe olhos nos olhos, o dia estava a tornar-se noite e os seus olhos eram lindos, ficavam ainda mais de noite, ele olhou-me novamente e eu senti-me corar, aquele homem ainda me fazia corar mesmo depois de namorarmos.
Ficamos assim durante algum tempo mas eu decidi encostar a cabeça ao seu ombro e ele fala:
-Eu quero sempre ouvir a minha namorada, quero e vou sempre querer. Tudo o que te diz respeito também me diz a mim, quer seja do passado, como do presente ou futuro. Eu amo-te e esse sentimento une-nos em todos os sentidos. – Fiquei sem saber o que responder. Mas decidi contar a história daquele lugar:
-Nem todos os homens são perfeitos como tu. Foi naquele local que comecei a namorar com o Francisco. – Sentiu-o encolher e eu não queria voltar a falar mas ele colocou a mão sobre as minhas costas agarrando depois a minha anca. Aí senti-me melhor e continuei a falar. – Eu comecei a namorar com o Francisco e as nos primeiros dias parecia tudo um sonho mas ele começou a tratar-me mal, a fazer-me sentir mal. Humilhava-me e eu deixava, porque amava-o e deixava que tudo acontecesse. Quando fazíamos 3 meses de namoro e farta de tudo o que ele me fazia sentir vim ter aqui com ele e disse tudo o que tinha a dizer, estava farta de sofrer e de ser mandada abaixo, farta de ser humilhada e maltratada. Ele ficou chateado e fez-me sentir a pior pessoa á face da Terra chamou-me imensos nomes e eu senti-me ainda pior. Chorei tanto e sofri tanto e tenho medo no fundo que tu faças o mesmo comigo. – Sentei-me no colo dele e ele aconchegou-me, deu-me um beijinho no nariz e respondeu olhando em frente, e eu olhando para ele, deliciando-me com cada traço daquele homem:
-Eu nunca te faria isso e se ele te fez é porque nunca te amou desculpa ser tão direto mas é verdade. Se ele fosse um ser humano decente não te fazia sentir mal, fazia sentir-te bem, fazia amar-te loucamente mas também te amava do mesmo modo, fazia sonhar-te mas sonhava também. Fazia sentir-te a mulher mais feliz do mundo. Dava-te o mundo se fosse preciso.
-Obrigada por seres perfeito meu bem, por me dizeres coisas lindas e perfeitas que me fazem sonhar mas mais importante: por me fazeres sentir amada e por demonstrares o que dizes sentir por mim. – Abracei-o e de seguida beijamo-nos. Mas entretanto vi o meu irmão do outro lado da rua, corri até ele e puxei o meu namorado até ele, apresentei-os mas meio a correr, o pequeno já estava atrasado para o treino e acho que não entendeu bem quem era o Nicolás, quem era o meu namorado que por acaso era o meu ídolo. Avistei os meus pais a aproximarem-se e senti que o Nicolás ficar envergonhado, apertei-lhe a mão e sussurrei:
-Vai tudo correr bem perfeição! – Ele sorriu e num instante chegaram os meus pais, cumprimentamo-los e fomos até ao treino, apresentei o Nico ao grupo todo de familiares dos outros colegas de equipa do meu irmão, por sorte não eram muitos mas mal o reconheceram começaram a fazer perguntas e respondemos com toda a naturalidade. Algumas mães elogiaram o meu vestido e o modo particular em que estava: para além de apaixonada estava bem-disposta e feliz e o Nicolás estava na mesma, apesar de mal o conhecerem (só conheciam dos jogos, dos treinos e de tudo o que eu tinha partilhado que sabia sobre ele!) sabiam que ele estava feliz e apaixonado ao meu lado. Houve um pai que me deixou mesmo sem jeito, disse-lhe que eu era fã número 1 dele e que sabia tudo a seu respeito, corei e fiquei da cor do meu vestido, era verdade mas não queria que ele soubesse disso. Tentei esconder-me mas ele abraçou-me e deu-me a mão, senti a minha vergonha ir embora. Entre muitas brincadeiras lá acabou a hora do treino e estava na hora do tão temido jantar. Levanto-me para sair das bancadas mas sinto uma quebra de tensão enorme e não tenho onde me segurar ou arranjar forças, desmaio mas acordo minutos depois deitada com todas as pessoas que estavam sobre aquela bancada ao meu redor mas as mais próximas eram sem dúvida o Nicolás, os meus pais e o meu irmão. Eles estavam em pânico! Abri vagarosamente os olhos e senti o meu pai pegar-me ao colo e levar-me até ao carro e irmos a caminho do hospital. Estraguei aquela noite, eu não fiz por mal, eu queria que tudo corresse perfeito mas foi longe disso. Ia no banco de trás com o Nicolás do meu lado esquerdo, a minha mãe do lado direito e o meu irmão e pai na parte da frente do carro, íamos a caminho do Hospital e nem valia a pena reclamar que não era preciso, estava rodeada de teimosos e não iria ganhar. Num instante chegamos lá e estava na hora de verem o que se tinha passado comigo e de verem se estava realmente bem

Como correrá o final de noite no hospital?
Será que vai recuperar bem? O que se terá passado para Rita ter desmaiado?

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Apresentações Part3 


A viagem curta até ao carro dos meus pais foi passada a vomitar e com a minha mãe em pânico, o Nicolás não me largava e o meu irmão nem conseguia olhar para mim, estava super preocupado. O meu pai só via um único objetivo: levar-me ao hospital. Vomitei no curto caminho até ao carro uma série de vezes e a minha cabeça doía, sabia que o mais acertado era ir ao hospital mas sinceramente não queria, tinha esperança que tudo passasse e não queria estragar o dia de aniversário da minha avó e tinha esperança que fosse apenas mais um desmaio mas acabei por aceitar a decisão. Já no carro, o meu pai acelerou como nunca o vi fazer e a minha mãe quis deitar-me sobre as suas pernas mas eu encostei-me ao meu namorado, coloquei a minha cabeça sobre o ombro e ele colocou a sua mão na minha anca e fazia-me festas na cara, ele estava tão ou mais preocupado que a minha família. O seu coração batia a um ritmo alucinante, batia fortemente e eu senti pelo seu corpo que tremia, por isso decidi dar a mão a minha mãe que fazia força sobre ela.

Durante a viagem ainda paramos algumas vezes para eu vomitar, numa delas o Nicolás saiu do carro comigo, agarrou-me no cabelo e ficou sempre do meu lado, limpou-me a boca e depois de entrarmos novamente no carro deu-me uma garrafa de água que até estava na minha mala, isto ainda se repetiu algumas vezes o que dificultou a tarefa do meu pai: chegar o mais depressa possível ao hospital. Como o serviço público é demasiado lento e dispendioso comparado com a privada, a minha mãe insistiu que fossemos até ao hospital mais próximo: CUF Descobertas, onde por acaso já estive internada pelos meus motivos, infelizmente não foi a primeira vez que desmaiei. Enquanto a minha mãe tratava da minha inscrição fui com os meus homens para a sala de espera, o meu irmão foi comprar qualquer coisa para eu comer, afinal tinha vomitado tudo o que comi hoje e estar de estômago vazio não ajudava em nada, o meu pai só chateava os médicos e enfermeiros para saber quando era atendida e o Nicolás apenas me pegou ao colo e começou a passear pela sala, tentando que eu me concentrasse apenas nele e não nas dores que sentia ou no que nos rodeava que me fazia assustar ainda mais.










Concentrei-me apenas nele e nos sentimentos que me transmitia, o seu coração abrandou, já não batia tão forte e rapidamente, a respiração já não era ofegante mas já estava num ritmo normal, e ele sussurrava-me palavras que me apaixonavam e que faziam apenas concentrar-me nele:
-Ritinha tu és forte, muito forte e vamos descobrir o que se passou contigo para curarem-te e nunca mais nos separarem. – Eu sorri e coloquei as minhas mãos ainda mais aconchegadas no seu peito enquanto a outra seguiu até ao seu pescoço e dei-lhe um encosto nos seus lábios com os meus. – Não sabes o susto que apanhei a ver-te no chão, parece que morri num instante e assim que abriste os olhos ressuscitei. Senti-me impotente, não podia fazer nada por ti. – Olhei-o nos olhos e vi que os seus olhos brilhavam e estava com os olhos húmidos como se estivesse a controlar-se para não chorar. – Nunca mas nunca mais me voltes a pregar um susto destes por favor, senti o meu coração parar. – A sua voz era tão doce mas tão reconfortante, aquele homem só me fazia acalmar. Só me fazia sentir ainda mais amada e pela primeira vez na minha vida senti que um homem a quem tinha entregue o meu coração me completava de um modo que a ciência não conseguia explicar. O seu cheiro, o seu toque, as suas palavras até a sua respiração me faziam sentir feliz, eu estava feliz, sentia-me nas nuvens, parecia que o amava loucamente e ao mesmo tempo não temer o futuro mas sim desejá-lo com uma intensidade indiscritível e no meio destes pensamentos acabei por adormecer nos seus braços.
Só acordei pouco antes de entrar para uma máquina para me fazerem exames, senti o Nicolás pousar-me na máquina e a minha mãe do outro lado, para além disso só via médico e mais médicos e mais alguns enfermeiros, aquelas caras eram todas estranhas para mim á exceção daquelas duas pessoas. Depois de deitada ainda lhe dei a mão e sorri-lhe, fiz o exame e depois o médico colocou-me na cadeira de rodas onde me levou até fazer outro exame mas sinceramente não me lembro, estava num estado de sonambulismo tal que não entendia nada sequer do que diziam. Só via a minha família e o meu amado, os médicos só os via desfocados e não me pareciam bem médicos ou enfermeiros mas sim extraterrestres, não verdes nem com cores estranhas mas cheios de braços muito mais do que os dois habituais, desfocados e a falarem uma língua que me parecia estranha mas deviam falar a mesma que eu: um bom português.
Levaram-me para um quarto, mal sabia eu o que me esperava mas não tardei em descobrir, queriam-me colocar um soro mas eu não queria, tinha medo… Aliás pavor de agulhas! Os médicos tentaram falar comigo calmamente, a minha mãe também, aliás toda a minha família mas eu não ia desistir tão facilmente, não suportava sequer a ideia que aquilo me tocasse no corpo, ia gritar, ia fazer um escândalo mas não me iam colocar aquilo. O Nicolás estava fora do quarto a meu pedido e não queria de modo algum que ele visse o que iria fazer, tinha medo que o desapontasse, então a minha mãe chamou-o e ele pediu para todos saírem do quarto para falar comigo. Sentou-se na cadeira que havia do meu lado e começou a falar calmamente e pausadamente na esperança que eu entendesse que tudo era para meu bem, ainda chorei e abracei-o, beijei-o e depois de algumas palavras ditas pela sua parte consegui entender que era o melhor para mim mas pedi para ficar do meu lado enquanto o faziam. O enfermeiro colocou a seringa na minha mão onde teve que ficar mais uns segundos e eu apertava a outra mão no Nicolás, ele pediu que assim que tivesse medo ou doesse que o fizesse e eu não hesitei. Eu dizia o mesmo a meninos pequenos mas desta vez foi a maneira de não me sentir com medo e de me sentir calma quando faziam algo que não me agradava.
Depois colocaram-me numa maca e levaram-me até ao quarto onde ia ficar internada, mal me deitei peguei no sono e nem cheguei a entender quem ficava no quarto comigo, quem lá ia passar a noite. Acordei pouco passavam das 10h, o quarto era um quarto bastante requintado para um hospital, havia duas cadeiras, cada uma do lado direito e do lado esquerdo, um sofá bastante grande onde cabiam sem estar apertados 3 pessoas, uma televisão moderna e uma mesa-de-cabeceira. Estava no quarto com a minha mãe e o meu pai, mas ele estava deitado no sofá a dormir e a minha mãe na cadeira do meu lado esquerdo e nada de Nicolás, nem do meu irmão. Como é normal a minha mãe acordar de mau humor decidi acordar o meu pai que acorda sempre super bem-disposto, mas falei num tom baixo para não acordar a minha progenitora:
-Bom dia pai!- o meu pai senta-se no banco, sorri e abre a boca, sinal de uma noite mal dormida, afinal o sofá não devia ser tão confortável como parecia. – Onde está o Nicolás e o mano? – Apesar de ser eu quem estava internada e com algumas dores eu não deixava de me preocupar com os meus homens, um deles podia considerar que era um dos homens da minha vida, era o meu irmão, o meu único irmão, ligados de sangue, desde que nasceu que me orgulho dele e o outro… Não era bem outro, mas sim um homem que era sem dúvida alguma o homem dos meus últimos dias de vida, e eu amava-o, e claro precisava do apoio dele, apesar de estar bem acompanhada pela minha família.
-Bom dia filhota! Como estás? Ainda tens dores? – Acenei negativamente com a cabeça, mas era um pouco mentira, visto que ainda me doía um pouco da cabeça mas nada que com o tempo não curasse. – O Nicolás pouco ou nada dormiu ontem, ficou super preocupado e sentou-se ao teu lado a olhar para ti e para essas máquinas. – Apontou para as máquinas que estavam do meu lado que indicavam alguns resultados do meu corpo, a tensão, a pulsação (…). – Disse-lhe para ir descansar um pouco em casa, trocar de roupa e ir para o treino, depois podia voltar. Quando ao Dioguito, pedi ao teu amor para o levar a casa para mudar de roupa e tomar um banho e depois levá-lo á escola.
 -Está bem, podiam ter-me acordado para me despedir deles, já tenho saudades deles e não os vejo desde ontem! – O meu pai sorriu e eu corei, acabei de lhe admitir que tinha saudades do meu namorado, sim isto definitivamente não era normal, estávamos juntos á tão pouco tempo e já tínhamos chegado a este ponto. – Sabes a que horas voltam?
-O Nicolás só foi ao treino porque eu quase que o obriguei e depois de sair de lá vem logo para aqui. O Diogo mal acabe as aulas vou buscá-lo ou então vem cá ter, ele ainda não me disse. Espera aí que o teu namorado deu-me uma carta para te entregar.- Tirou do bolso um papel bem dobrado e entregou-me e eu li-o:

“Bom dia princesa J
Já começa a ser um hábito escrever-te estas cartas e sempre a dar-te o mesmo recado mas espero que não te importes, é por uma boa causa, para te lembrares que te apoio e que estou contigo embora que não fisicamente! Fui ao treino depois de muita insistência dos teus pais e fui a casa mudar de roupa mas não te preocupes que farei tudo para não me demorar, quero ver como te sentes hoje e amar-te como te amei até hoje.
Ontem senti-me tão impotente quando desmaiaste, senti-me o pior homem do mundo, não podia fazer nada por ti mas assim que recuperaste os sentidos voltei a sentir o meu coração bombardear e a mandar emoções para o meu cérebro. Espero que não te importes pela minha ausência, tentarei ser breve e já agora… Te amo mí reína <3
As melhoras! Um beijo muito doce do teu homem, do teu namorado a quem lhe roubaste o coração e que te ama muito, Nico Gaitán”

Mal acabei de ler a carta sorri e a minha mãe acorda pouco depois, e eu disse-lhes para irem até casa tomar banho e tratarem da higiene mas eles não quiseram (teimosos!) mas convenci-os a assim que o Nicolás e o Diogo chegassem que iriam para casa descansar e que iriam pelo menos por agora deixar-me sozinha enquanto iam comer qualquer coisa.
Devo confessar que esperei uma visita, uma chamada ou uma mensagem da Qeu ou Ezequiel mas nada então decido eu mesma tomar uma atitude, ligo á minha prima que me atende pouco depois. Ela sabia que estava internada no hospital mas não queria visitar-me, não conseguia ver-me mal, eu compreendi, nós eramos muito ligadas e acho que se estivesse no papel dela o mesmo se passava comigo. Por volta da hora de almoço apareceu o Nicolás e o meu irmão, e os meus pais foram até casa, cumpriram o prometido e por volta da hora do lanche aparece a minha avó, que viajou de transportes e sem ninguém saber para me visitar. Mas claro não foi propriamente para me animar, foi antes para me “chamar á atenção”, ou melhor… Do jeito dela ser negativa! Eu estava bastante animada, tinha falado com o médico e ele garantiu-me que até amanhã teria alta e que estava tudo bem, só tinha que ter algumas consultas nos próximos tempos e que foi só um susto, que desmaiei por uma quebra de tensão, já não era a primeira vez por isso não era de estranhar e como sofria deste mal não era incomum. A minha avó disse-me logo assim que lhe dei a notícia:
-Rita não tenhas tantas esperanças que tenhas alta amanhã já sabes como são os médicos. Enganam-nos e depois são demasiado otimistas, não acredites nisso. Se tiveres alta para a semana já é bom, não te preocupes que estás aqui bem e mais cedo ou mais tarde vão tratar-te bem. – Fogo!- Pensei eu. Que pessimista avó, os médicos estão me a tratar lindamente e foi só um susto. Mas não tive coragem para lhe dizer alguma coisa, fiquei caladinha e focava-me apenas nos aspetos positivos, e tentava que o que ela dissesse não me afetasse. O meu irmão estava entretido a ver televisão e nem ouvia, mas o Nicolás que estava ao meu lado já se estava a enervar com tanto pessimismo e estava já a “bufar” á algum tempo, ele é bem-educado mas acaba por lhe responder de modo a calá-la. A minha avó sabia que ele era meu namorado e por isso podia perfeitamente deixar de gostar dele pela sua resposta mas ele não aguentou e depois de ainda me disse isto:
-Não achas que este rapaz é muito velho para ser teu namorado? É tão feiozito, e nem fala bem português. Depois ainda é baixinho e não parece nada simpático. – Eu ia responder, uma coisa era ser pessimista para mim, outra coisa era “insultar” o Nicolás, podia achar o que quisesse mas eu não lhe pedi opinião e eu amava-o e era o mais importante, quanto ao resto nada mais me importava. Mas ele faz-me sinal para não dizer nada e responde ele…

Que terá dito Nicolás á avó de Rita?
Qual será a reação dela? Como ficará a relação deles depois disto? Será que Rita terá alta?

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Capítulo 10: Apresentações Part1



Acordo de manhã mas não sinto o Nicolás, os seus braços envoltos na minha cintura e o seu toque que me deixa delirar, a cama estava fria e era demasiado grande só para mim, bem que me mexo e remexo na cama na esperança de o meu namorado lá estar, na esperança que estivesse na ponta mais distante da cama mas nada, senti-me só, e um vazio e uma solidão preencheram o meu coração: como é que ele me deixou depois do que fizemos?! Sento-me na cama e começo a chorar, puxo as poucas mantas que cobriam o meu corpo até junto da minha face para limpar as minhas lágrimas, eu não merecia e precisava tanto dele, mas tanto! Precisava de me sentir amada novamente e pego na almofada dele para sentir o seu cheiro pelo menos mais uma vez, já que não podia estar com ele, ao menos queria senti-lo uma última vez, e aí consigo ver a carta que ele me deixou e comecei a ler em voz alta, algo que não era muito comum em mim quando estava sozinha mas li-o com um tom que mais parecia o dele e por instantes acreditei que fosse ele que me estivesse a ler, ao ouvido:

“Ritinha, hoje acordei a sorrir e senti-me pela primeira vez o homem mais feliz do mundo, tu estavas do meu lado e conseguia apoiar o meu mundo, sim o meu mundo com as minhas mãos! Senti-me um super herói por instantes, nunca pensei que fosse possível sentir-me assim! Deixas-me nas nuvens, a sonhar contigo noite e dia. Ainda pensei em acordar-te mas não tive coragem, até a dormir és perfeita! Acho que vou perguntar aos teus pais como conseguiram fazer-te deste modo! Tive treino cedo e tive mesmo que ir mas descansa que por volta da hora de almoço estou de volta para os teus braços! Deixei-te o pequeno-almoço já preparado e pronto a comer na cozinha, espero que gostes! Não estou arrependido do que fizemos e espero que também estejas, precisamos de falar mais tarde, espero que esperes por mim para o almocinho! Desculpa se dei algum erro ainda não sei escrever bem em português  :/  Te amo reina <3 Beijo do teu namorado muito apaixonado Nico Gaitán J

Depois de ler a carta sorri mas um sorriso bem rasgado, suspirei bem fundo e depois disse em voz alta: ele ama-me! Sim, ele não te vai abandonar, ele apenas teve de ir trabalhar, que tonta Ana Rita! Reclamei e reprovei novamente tais pensamentos que se passavam na minha cabeça, ele não te vai abandonar, nunca! Ele ama-te e já te provou que te ama, e vai cada vez provar-te mais isso, esta carta foi mais uma demonstração do que sente e eu vou guardá-la enquanto puder. Fui até ao armário do meu namorado e tirei uma camisola bem grande para me tapar enquanto ia ao jardim guardar o papel na mala. Suspirei imenso e a minha cabeça apenas pensava em nós, nele e claro a t-shirt que tinha vestida dele fazia-me sentir ainda mais o seu cheiro e sentir ainda mais saudades dele, guardei o papel na mala e agarrei nas minhas roupas e fui até ao interior de casa, mais propriamente até ao quarto. Arranjei a cama e coloquei a minha roupa em cima da cama, agarro na minha roupa interior e na t-shirt dele que tinha vestida e vou até á casa de banho do quarto, dispo-me e depois vou até á banheira, não sem antes ligar o rádio, gosto de ouvir música enquanto tomo banho mas quase nunca canto… Mas vezes não são vezes, eu estava nas nuvens e passou uma música que identifiquei logo comigo: Chris Brown Don’t Wake Me Up, canto muito alegremente e sorriu, claro que acabo por demorar imenso tempo no banho muito entretida, entre pensamentos e cantorias, era daquelas vezes que a rádio passava música incrível e que eu adorava e o dia, bem começou bem e eu senti-me bem-disposta mas acima de tudo feliz! Algumas dores típicas apareceram mas nada, nada que eu não superasse, eu amava-o e não estava arrependida do que fiz antes pelo contrário, orgulhava-me de ter demonstrado o que sinto e por ter sido com ele.
Quando saiu do duche, desligo a música, visto a minha roupa interior e a t-shirt, porque hoje estava naqueles dias de me sentir confortável mas ao mesmo tempo ousada, vou até ao quarto e oiço o telemóvel tocar, era o meu pai e atendo logo:
-Olá daddy!- disse eu sorrindo e aos saltitos.
-Ana Rita por onde andas? Com quem estás? Achas normal eu e a tua mãe não sabermos de ti desde ontem á tarde?- o meu pai estava mesmo preocupado e só agora é que entendi que desde ontem que não sabiam de mim era motivo mais do que suficiente para estarem preocupados.
-Já vi que fiz porcaria, senão não me tratavas pelos dois nomes, ui! Estou nas aulas onde é que era suposto eu estar a uma hora destas? E não, não te preocupes que estou bem e viva!-disse sorrindo para tentar acalmar os ânimos e a tensão que havia naquele telefonema, eu bem que compreendia o que eles sentiam mas não queria levar um raspanete.
-Por onde andaste e com quem andaste? Não podias ter mandado uma mensagem ou fazer um telefonema a avisar? Todo o mundo te ligou para saber de ti, estávamos super preocupados! – O tom de voz do meu pai estava mais calmo mas mesmo assim bombardeava-me com perguntas e eu tive claro de as esclarecer.
-Vim até casa do meu namorado e depois do jantar acabamos por adormecer a ver um filme, não vi o telemóvel porque já sabes nunca sei onde é que ele está. Desculpa papi!- Tanta graxa pensei para mim mesma!
-De certeza que foi só isso Rita? Sabes que eu e a tua mãe não gostamos de mentiras mas se o dizes acredito. Queres que te vá buscar à faculdade ou vens de carro? Ou claro vens para casa mais logo?-agora já era mais preocupação típica de pai do que propriamente outra coisa.
-Saiu da universidade e vou almoçar e passar a tarde com o Nicolás, mas prometo que vou ao treino do Diogo e depois vou jantar a casa. Não te preocupes que eu sei perfeitamente que a minha prioridade são os estudos e só depois posso pensar em namoro e aventuras, eu sei pai!
-Então encontramo-nos á hora do treino filha. Sabes da tua prima? A tua madrinha está farta de lhe ligar e ela nada, e olha mais logo não vamos jantar a casa, a tua avó faz anos e vamos jantar ao sítio do costume. Já agora ligas á tua mãe? E se souberes da tua prima depois avisa a tua madrinha por favor.
-Eu vejo da Qeu e digo qualquer coisa á madrinha, tenho de ligar á avó então, esqueci-me completamente! Olha é melhor falares tu com a mãe, porque senão vai reclamar comigo por favor papá!-Lá estava novamente a ser engraxadora.
-Sim filha, eu falo descansa. Liga á tua avó, ela merece apesar de tudo! E olha em relação ao Nicolás já sabes o que acho… Juízo! Mais logo levas-o ao jantar? Eu e a tua mãe gostamos muito dele, nota-se que ele gosta muito de ti e tu dele e o teu irmão ficou com curiosidade em conhecê-lo.
-Sim, vou falar com ele á hora de almoço para ele ir, espero que não se importe de conhecer a pouca família da parte da minha mãe que lhe falta conhecer! Então pai olha tenho que ir… Beijinho e até logo
-Beijinho e até logo. Juizinho e dá cumprimentos da família ao Nico.- Desligamos a chamada e eu fui até á cozinha para preparar o almoço ou então para tomar o pequeno-almoço. Olhei para o relógio e já não era muito longe da hora de almoço então comi qualquer coisa mais leve e comecei a preparar o almoço, como ainda não sei fazer muitas coisas optei por uma coisa simples e leve: batatas fritas e ovos mexidos, sim cheio de calorias mas era rápido e bom e eu não sabia do que é que ele gostava. Arrumei o espacinho que ele tinha preparado para o meu almoço e arranjei a mesa para o nosso almoço. Enquanto estava entretida no fogão e na fritadeira senti uns braços envoltos na minha barriga e um beijo no pescoço, só podia ser o Nico, eu sorriu e viro-me para ele e beijamo-nos, um beijo terno de saudade. Depois ele acabou por se sentar numa cadeira á volta da mesa a meu pedido e servi-nos, depois sentei-me na sua frente e ele disse:
-Vais almoçar nesses modos?-eu fiquei meio perdida naquelas palavras mas decidi ir até ao quarto onde dormi e vestir as calças, depois voltei para a mesa e respondi:
-O meu corpo enjoa-te assim tanto?-foi uma resposta direta mas franca.
-Nada disso, eu adoro o teu corpo! Mas não me sinto á vontade que almoces assim, dá-me vontade de saltar para cima de ti e voltar a chamar-te minha.
-Não precisas de me saltar para cima para me chamares tua porque eu já o sou! E porque não me fazes tua outra vez?- Sim fui malandra e “ataquei-o”, sendo malandra.
-Por mim eu fazia mas quero falar sobre o que aconteceu entre nós ontem. – Ele olhou-me olhos nos olhos, eles eram tão ternos, tão apaixonantes e brilhavam, ele era tão bonito e eu apaixonava-me só pela maneira como ele me olhava. – Porque é que o quiseste fazer?
-Porque tinha e tenho a certeza que eras o homem indicado para o fazer, e porque achei que eras a melhor prova de amor que te podia dar, a melhor maneira de te provar que amo. Já estava preparada e tinha a certeza que remorsos nunca os ia sentir e confiei em ti para não me abandonares. Eu amo-te Osvaldo Nicolás! – Sorrimos mas ele corou e depois coçou a parte de trás da cabeça.
-Oh amor não me chames pelos dois nomes, prefiro Nicolás ou Nico.
-Eu também tenho um primeiro nome que não uso. Mas agora vamos lá comer senão tens de levar com o meu mau humor da fome.- Sorrimos cumplicemente e acabamos de almoçar e combinamos ir passear pelo Freeport e dar uma volta pela Expo ou pelas praias, convidei-o para o jantar e para ir ver o treino do meu irmão, ele aceitou na hora e disse ao meu pai que o jantar e o treino estavam combinados. Depois perguntei-lhe pela Qeu e pelo Garay, afinal ele tinha de ter ido aos treinos, e foi mas a Qeu foi com ele e passaram a noite na praia, sim, dormiram na praia. Nada que não fosse típico da Raquel mas pronto… Liguei-lhe e disse para ligar á mãe e combinei tudo para o jantar e contei-lhe do treino, ela quis ir e combinamos tudo.
Desliguei a chamada e fui até ao Freeport, passeamos sempre de mãos dadas sem medo de demonstrarmos o que sentíamos a olhos vistos, de demonstrarmos a nossa relação, ele acabou por me convencer que levar umas prendas para o jantar não era má ideia, compramos um bolo, depois comprou uma garrafa de vinho para oferecer ao meu pai, um vestido para dar á minha mãe e para o cunhado um jogo para o computador, para a minha avó levou uma mala toda bonita. Ele quis levar mais mas eu impedi-o, só o dinheiro que ele ia gastar nisto! Já no fim das compras ele apaixona-se por uma roupa e decide comprá-la e na mesma loja eu vejo um vestido apaixonante e ele oferece-me, eu não queria por não saber o que dizer, por vergonha e porque não me sentia a vontade mas ele era mais teimoso que eu e saímos da loja muito contentes.
Eu amava-o tanto e aquela prenda foi tão apaixonante, prometi a mim mesma que o surpreendia do mesmo modo, mas uma prenda mais simbólica, claro! Acabamos por passear pela Expo muito contentes, vimos alguns fãs e ele acabou por dar alguns autógrafos e algumas fotografias mas nada que fosse incómodo, até gostava que as pessoas reconhecessem o seu trabalho! A tarde passou a correr e eu decidi ir mais cedo para o treino do meu irmão por muitas razões, o meu irmão ia conhecer o meu namorado e depois ia apresentá-lo á minha avó e a minha madrinha… Um nervoso miudinho corria em mim!

Como correrá a apresentação entre cunhados?
Como correrá a apresentação entre Nico e a avó e madrinha de Rita? Como correrá o jantar?

domingo, 25 de novembro de 2012

Capítulo 9:"Reagi sem pensar"



Eu choro bastante a dizer aquilo, eu não estava calma e o que fiz foi mau mas senti-me ainda pior depois de o fazer, senti um peso na consciência. O Nico também chorava mas mais calmamente com menos lágrimas e mais ritmada, o que me magoava ainda mais vê-lo chorar mas o mais certo era mesmo o fim da relação, eu não o merecia... Ele era maravilhoso, encantador, interessante, simpático, ele era o homem dos sonhos de qualquer mulher e eu... Eu, era simplesmente eu, não era linda e não era um espanto de mulher, era simplesmente uma rapariga com 18 anos que apenas tinha a certeza do que sentia: era amor, amor puro e sincero, talvez um pouco de ingénuo e louco, eu não sabia bem apenas me sentia bem ao seu lado, desejava-o como se fosse o homem da minha vida e isso trazia um desejo e uma força ainda maior de o ter só para mim, sentia borboletas no estômago quando estava com ele, o meu coração palpitava fortemente e ficava nervosa, tinha medo de o desapontar com a minha maneira de ser, com o meu jeito de lidar com a vida, mas por um lado queria demonstrar tudo o que sentia porque assim talvez ele entendesse o que palpitava no meu coração. Mas eu não lho podia dizer, a melhor maneira de sermos felizes era acabar a relação e cada um seguir a sua vida, mas isso só nos fazia sofrer. Eu tinha medo que o amor que nos unia fosse apenas um sonho e que ele me dissesse que me amava e tudo fosse mentira e assim sofresse por amor e eu não aguentava outra desilusão daquelas, não de um homem que parece que me ligou a ele através do seu olhar, que mais pareciam ter ímanes. Não podia negar o que sentia mas também não podia dizer-lhe exatamente o que sentia porque não existiam palavras, eu estava apaixonada e eu não pensei que fosse acontecer ao ritmo que aconteceu por ele. Ele pergunta-me e eu choro ainda mais compulsivamente e ele acompanha o meu choro, mas ganho coragem e limpo-lhe as lágrimas com os seus olhos voltados para baixo mas assim que lhe toco ele arrepia-se, eu sorriu e olha-me e deixa cair uma lágrima que fez o meu coração gelar por completo, fiquei sem qualquer tipo de reação simplesmente porque eu vi o homem que amo chorar por mim, por minha causa. Ele procurava ver alguma reação em mim, eu limpo as minhas lágrimas com as minhas mãos  e decido responder ao meu amor, sim porque apesar de ser meu namorado não ia deixar de ser o meu amor, respirei bem fundo e respondo-lhe, entre soluços devido ás lágrimas:
-Eu amo-te Nicolás e nunca duvides disso por favor! Eu não queria fazer-te sofrer, era a última coisa que queria por favor pára... Eu...-hesitei mas acabei por ter de lhe contar o que sentia e me passava pela cabeça.-Tu não me mereces tu és demais para mim. Tu mereces uma pessoa melhor que eu.-ele colocou o seu indicador por cima dos meus lábios e limpou-me a última lágrima que me escorri pela face e respondeu:
-Se tu me amas e eu te amo não achas que é o mais importante do que o resto? Precisas que faça o quê que te prove que é isso que sinto?-eu ia responder mas mal abro a minha boca para o fazer ele não deixa e continua.-Eu farei! -colocou-se de pé na espreguiçadeira e gritou.-Eu AMO-TE RITA!- assim que ele diz isso eu levanto-me até ficar ao seu lado e dar-lhe um abraço mas ele agarra-me pela cintura e puxa-me contra o seu corpo e eu dá-me um beijo demorado na bochecha e eu olho para ele abrindo os olhos querendo que ele se derrete-se com o meu arzinho fofinho para me beijar mas ele diz:
-Eu não te resisto princesa é o nosso último beijo.-fez uma breve pausa para respirar enquanto nos olhávamos olhos nos olhos. É o beijo de despedida. - e deu-me um beijo demorado nos lábios muito intenso e repleto de emoção. Depois separou os nossos lábios e nem me olhou, sentou-se á beira da piscina com os pés no seu interior e eu segui-o.
Mas coloquei-me do outro lado da piscina, de frente para ele mas ele apenas olhava para o interior da piscina e não me olhava por nada mesmo! Queria surpreendê-lo mas ele não me deixava que eu o surpreende-se então eu tenho uma atitude que não é bem minha é mas sou obrigada a fazê-la para nosso bem. Atiro-me para dentro da piscina, sim com toda a roupa que tinha no corpo! Mas demorei a vir á superfície e ele mergulhou para junto de mim estávamos próximos mas eu queria juntar ainda mais os nossos corpos, e começo a aproximar a minha mão do seu pescoço e ele aproxima também os nossos corpos e quer agarrar-me perto da barriga e aproxima os nossos lábios e acabamos por nos beijar novamente... Um beijo bem molhado! Mas um dos melhores que já demos e foi tão intenso que não tivemos força para ficar mais tempo debaixo de água e acabamos o beijo já fora de água.   
(beijo entre Rita & Nicolás)













Ele também me amava e não queria desistir de mim, não queria desistir de nós e do amor que nos unia. Quando o beijo termina eu fico dentro de água mas ele foge dali e vai até ao interior da casa e deixa-me na piscina sozinha! Fico um pouco chateada mas entendi afinal eu acabei a relação com ele e no momento seguir digo-lhe que faço para o bem dele e ele grita bem alto que me ama e beijamo-nos, era tudo tão confuso... Porque não podia simples como nos filmes? Mas tenho uma ideia fantástica na minha cabeça: ele já estava em casa e o mais certo era procurá-lo e explicar o porquê da minha atitude mas tive uma ideia um pouco mais original... Despedi a roupa que tinha, ficando apenas em roupa interior e entro para casa onde o encontro na sala, deitado no sofá de barriga para baixo a chorar, faço o mínimo de barulho possível para ele não saber da minha presença e dou a volta ao sofá colocando-me de pé ao seu lado e molho-o nas costas, ele vira-se e vê-me assim, sorri mas fica sem saber o que fazer, eu deito-me por cima dele, eu estava molhada e em lingerie era impossível ele me evitar, agarra nas minhas ancas e puxa-me contra o seu corpo, ficamos deitado um sobre o outro e eu começo a beijá-lo e a tocar-lhe nos pontos que sabia que o deixava sem reação e queria que ele ficasse assim apenas com vontade de me amar, claro que entendi que aquilo não era apenas beijos nem namoros, que aquilo se podia prolongar mas eu não me preocupava com isso, eu tinha a certeza cada vez mais do que sentia. Mas ele separa os nossos lábios e olha-me como se me perguntasse algo e eu respiro fundo e digo:
-Tu és um cavalheiro, és um querido e eu... Sou apenas eu, não tenho encantos ou beleza escondido, sou tudo aquilo que tu vês e tenho medo de acordar deste sonho ou de me magoar. Tenho medo do que sinto e do que tu sentes. Eu não te mereço, tu arranjas melhor que eu, arranjas alguém sem medo de te amar no auge porque eu tenho muitos medos sou insegura. Desculpa mas não consigo deixar de te amar e ter acabado com a nossa relação foi uma reação sem pensar.-enquanto digo isto choro mas calmamente e ele apenas me limpa as lágrimas e faz-me festas nas minhas bochechas. Depois de ficarmos em silêncio alguns minutos ele responde:
-Eu não arranjo melhor do que tu porque neste momento tu és o melhor para mim. Eu amo-te e vou demonstrar-te isso para afastar os teus medos, os teus receios. Mas não chores por favor, não suporto ver-te assim!-dá-me um beijo na face.-Estás disposta a dar mais uma oportunidade ao nosso namoro?
-Não é uma nova oportunidade ao nosso namoro, é um reatar o que nunca deveria ter acabado!-sorrimos cumplicemente.-Desculpa amor. Quero voltar a chamar-te namorado!-ele beija-me e aquele momento ganha novo significado, o nosso namoro reatou e as emoções e os sentimentos voltaram mais fortes do que nunca. Ele bem que me pede para voltar a vestir as roupas mas eu não lhe faço a vontade, eu queria alargar o momento, eu queria fazer amor com ele e era a melhor prova que lhe dava do que sentia. Ele já só estava em boxer's quando me pega ao colo e me leva até ao quarto, deita-me em cima da cama e começamo-nos a beijar a um ritmo alucinante, ele separa os nossos lábios e vai até á sua mesa de cabeceira e  tira as famosas "proteções" e preparava mo dar e colocar o seu mas antes senta-se e pergunta-me:
-Tens a certeza que queres tomar este passo comigo?-eu sorriu e respondo:
-Sim, é uma prova do que sinto por ti e nunca me vou arrepender de o ter feito contigo.
-E se algum dia te arrependeres?
-Nunca estive tão certa de uma atitude em toda a minha vida, namorado, meu namorado.-faço questão de realçar a última palavra. E assim que acabo protegemo-nos e começamos a beijar-nos novamente.
Eu amava-o tanto e ele mostrava que sentia o mesmo através do seu toque, de toda a atenção que teve para comigo, a calma mas também era tudo tão frenético, tão vivo parecia um amor de crianças e eu senti-me realmente completa enquanto o fazíamos, tive dores claro e vi que isso era mau para ele mas teve tanto cuidado comigo e eu queria mesmo fazê-lo, amamo-nos muito e eu senti que ele era realmente o homem da minha vida e amava-o e ele demonstrava cada vez mais o mesmo. Depois acabamos por adormecer para descansar, o dia seguinte ia ser grande, ia ser complicado, tínhamos que digerir todas as mudanças que ia haver na nossa relação.

Quais serão as mudanças na relação? Será que vão ser boas ou más?
Como irá Nico lidar com a prova de amor tão séria de Rita? Será que também vai fazer algum?